terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Que algumas pessoas não acreditem que o homem esteve mesmo na lua, dá até pra entender, mas tem gente que não acredita em amor, e isso é imperdoável. Podemos não acreditar no que nossos olhos vêem, mas não podemos desacreditar no que sentimos. Você já ficou com a boca seca diante de uma pessoa? Já teve receio de ela estar ouvindo as batidas do seu coração? Bem, isso tudo não é prova de amor, apenas de ansiedade. Amor é outra coisa. Amor é quando você acha que a pessoa com quem você se relacionava era egoísta, possessiva e infantilóide e isso não reduz em nada a sua saudade, não impede que a coisa que você mais gostaria neste instante é de estar tocando os cabelos daquela egoísta, possessiva e infantilóide.
Amor é quando você não compreende direito algumas coisas, mesmo tendo o QI mais elevado da turma, mesmo dominando o pensamento de Sócrates, Plutão e Nietzche. Perguntas simples ficam sem resposta, como por exemplo: como é que eu, sendo tão boa gente, tão honesto e com um coração tão grande, não consigo fazê-la perceber que ela seria a pessoa mais feliz do mundo ao meu lado?
Amor é quando você passa dias sem ver quem você ama, depois passam-se meses, e aí você conhece outra pessoa e passam-se décadas, e você já nem lembra mais do passado, e um dia qualquer de um ano qualquer você se olha no espelho e pensa: como é que eu consegui enganar a mim mesmo durante todo esse tempo?
Amor é quando você sente que seria capaz de amarrar o cadarço de um tênis com uma única mão ou de fazer a chuva parar só com a força do pensamento caso a pessoa que você ama lhe mandasse um sim deste tamanho.Amor é quando você sabe tintim por tintim as razões que impedem o seu relacionamento de dar certo, é quando você tem certeza de que seriam muito infelizes juntos, é quando você não tem a menor esperança de um milagre acontecer, e essa sensatez toda não impede de fazê-lo chorar escondido quando ouve uma música careta que lembra os seus 14 anos, quando você acreditava em milagres. Tudo isso pode parecer uma grande dor, mas é uma grande dádiva, porque a existência do amor está toda hora sendo lembrada. Dor é quando a gente está numa relação tão fácil, tão automática, tão prática e funcional que a gente até esquece que também é amor.  (Martha Medeiros)

P.s: Vez ou outra aparecerá no blog alguns textos da Martha e esse é mais um deles. Puro encantamento.

segunda-feira, 12 de dezembro de 2011

Pausa para se cansar

Chega um dia que a gente se cansa de tudo aquilo que nos trava no meio do caminho. De repente você se depara com uma lista de erros cometidos e sua vida amorosa está lá incluída entre elas, sublinhada e destacada com marca texto verde florescente, logo é absolutamente normal questionar o motivo de tantas mancadas e se o problema realmente está onde termina seu antebraço, no seu dedinho podre. Se você está passando pela vigésima quarta decepção e sente que não suportará o próximo baque emocional, tenho algo a lhe dizer: jamais estaremos livres de frustrações, as pessoas estão aí para isso mesmo, pra nos fazer sorrir, surpreender, irritar e assim por diante decepcionar, mas eis um conselho indispensável: quando fizer uma escolha na vida, nunca, em hipótese alguma crie muitas expectativas a respeito, o excesso delas só causará frustração e lá estará você  cometendo o vigésimo quinto erro.
Escolha é esse sim ou não que fazemos todos os dias e ninguém mais pode fazer em nosso lugar, porque fugir dela é viver a inércia de quem não participa de nada, é como não fazer parte dessa vida e se tornar um ET em meio aos humanos. Portanto, escolha! Escolha o que vai comer no almoço, escolha estar só ou viver um novo amor, permanecer ou abrir mão de um relacionamento falido, é importante que decida, ainda que seu coração esteja em cacos nada acontece por castigo ou praga de mãe, tudo é fruto das nossas escolhas.
Tá certo que parece monótono ter que decidir sempre, sobre tudo, inclusive para qual lado pentear o cabelo, mas no mínimo é interessante saber o que queremos na vida, isto é, aquilo que é prioridade em nossa listinha de desejos. Definir prioridades é o primeiro e fundamental passo pra se chegar em algum lugar, ou ficar plantado onde está, caso a escolha seja permanecer. Certa vez li um texto de Caio Fernando Abreu que dizia o seguinte: "O caminho é este, tem pedra, tem sol, tem bandido, mocinho, tem você amando, tem você sozinho, é só escolher, ou vai, ou fica." A mensagem é simples e clara, nos remete ao fato de que ninguem esta livre de pedras no caminho ou de mocinhos (que muitas vezes não passam de bandidos), entretanto temos a chance de escolher que rumo tomar e em qual curva virar quando nos deparamos com as velhas setinhas distintas e completamente incertas "direita" ou "esquerda". Todavia para os mais desmotivados talvez não exista opção de setas em sentido contrário, mas somente uma singela placa, com a preguiçosa sinalização " pausa para se cansar". 


É ir ou ficar. 
Eu fui.


quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O amor não envelhece

O que você faria se tivesse a oportunidade de reencontrar seu grande amor pela segunda vez?
Foi exatamente o que me perguntei quando assisti o filme “Cartas para Julieta” a historia acontece na cidade de Verona – Itália, quando a personagem inglesa Clair super mega apaixonada deixa uma carta para que Julieta lhe responda, a pergunta dela? bem, foi simples e desesperada: “ Julieta, combinei de fugir com Lorenzzo meu grande amor, pois meus pais jamais aceitariam nosso romance, ele esta me esperando debaixo de nossa árvore, por favor, me diga, o que devo fazer?
É nessas horas que a falta de comunicação atrapalha demais a vida da gente, infelizmente a carta de Clair não foi vista por Julieta e não houve resposta alguma, então você deve estar se perguntando, o que aconteceu com ela? Foi embora? Casou-se com um Duque na Inglaterra ou resolveu ir contra a vontade de seus pais? Ela simplesmente deixou o moço a esperando e nunca mais voltou.
É justamente aí que começa uma bela história de amor. Há muitos anos Verona recebe turistas na histórica casa de Julieta Capuletto (Essa mesmo de William Shakespeare) moças apaixonadas do mundo inteiro deixam suas cartas de relacionamentos fracassados coladas no muro da sacada e com eterna esperança de recuperarem seus corações partidos, então essas cartas são respondidas pelas secretárias de Julieta, que dão um verdadeiro up na vida dessas mocinhas decepcionadas que já não vêem a menor graça na vida. Capite?
E assim aconteceu com Clair, ela deixou sua carta no muro dos Capulettos, porém por detrás de uma pedra que foi removida somente 50 anos depois, sendo finalmente respondida por Sofie, uma linda moça escritora e noiva de um tremendo idiota que só pensava nele mesmo. (Essa é outra parte do filme que não vem ao caso.)
O encontro de Clair e Sofie ocorre por intermédio de Charlie o neto da fujona, e então começa a busca incessante por  Lorezzo, afim de corrigir o erro de tê-lo deixado no passado. 
Vendo toda essa história fico imaginando como era difícil amar nos tempos antigos, a protagonista passou 01h40min de filme procurando seu amado e encontrou inúmeras dificuldades pelo caminho, principalmente pelo fato de existirem 74 Lorezzos na região e por não ter nenhum contato, telefone, endereço ou email do ragazzo, mamma mia! Complicado hein!?, na atualidade e com toda essa tecnologia seria fácil encontrá-lo pela internet por exemplo, Orkut ou Facebook, ainda mais se ela o tivesse adicionado aos seus amigos. O que seria de nós sem toda essa praticidade? Hoje podemos encontrar o ser amado lá na Conchichina, deixar um scrap, um recado off-line no MSN ou um torpedo via SMS, por outro lado o amor de 1900 e antigamente me parecia como dos contos de fadas, com direito a cartas escritas a próprio punho, declarações inesperadas, travessias de mares e oceanos, que lindo! Era um amor capaz de vencer as dificuldades, a distância e a não permissão dos pais. Enfim, não sou estraga prazer e por esse motivo não vou dizer se Clair encontrou Lorenzzo ou se por uma infelicidade descobriu que ele estava morto e em última das hipóteses caquético aposentado, todo esse papo rolou por que me bateu uma enorme vontade de levantar a questão do amor moderno x amor antigo, e é isso, cheguei a conclusão de que independente da época , o amor é sempre amor e ele não envelhece, não consigo me imaginar nascendo há mais de 50 anos atrás, porém acredito que todos possam se adaptar ao seu tempo. Se por acaso você deixou passar aquele amor pra vida inteira e não sabe se deve procurá-lo é só colocar a palavra “e” e “se” uma do lado da outra,  porque juntas elas possuem um poder avassalador, "e se" ele estiver te esperando? "E se" o amor superou o tempo que passou? "E se"? "e se"? Ir ou não atrás de um amor, só cabe a nós decidir, "e se" um dia decidir fazê-lo, que o faça sem demora, à tempo de ser feliz.

sexta-feira, 15 de julho de 2011

Quem você é?

Já não é novidade que sou apaixonada por tudo o que Martha Medeiros escreve, acho genial a forma como nos conduz a ler suas práticas conclusões, hoje me deparei com um de seus textos cujo título é: “Você é”. Existe perguntinha mais difícil de responder do que aquela em que precisamos dizer quem somos? Podem nos dar no cronômetro o tempo que for, falar sobre quem a gente é nunca foi tarefa fácil, a verdade é que dizer quem somos pode soar falsa modéstia, onde exageramos em elogios e "rasgação" de seda, então para evitar o “eu me acho” podemos nos diminuir na tentativa de transparecer a humildade em forma de gente, a questão é: descrever-se na primeira pessoa traz certo desconforto pelo fato de sabermos que alguém nos observa e pode desconfiar da veracidade de nossas palavras, afinal, será que podemos afirmar com tamanha certeza quem de verdade somos? Costumo brincar e dizer que se quer saber quem sou pergunte a minha adorável mãezinha, só ela sabe das minhas manias mais estranhas, medos e controvérsias, sabe se me mexo demais quando durmo e se ronco quando atinjo o terceiro sono (peraí gente, não ronco), para variar só ela sabe quando estou mentindo e com precisão maior que a da máquina da verdade. Voltando ao ponto inicial, descobri que somos aquilo que vivemos, somos cada lembrança registrada em nossa caixinha da memória, sim, você é aquela queda de bicicleta quando decidiu andar pela primeira vez, é aquele dente de leite que arrancou sozinho e com toda coragem do mundo, é aquele choque na tomada quando  desobedeceu seus pais e decidiu colocar o dedo, enfim... Se pararmos pra pensar, dizer quem somos se torna tarefa difícil quando desapercebidos só pensamos em quem nos tornamos hoje, ignorando subitamente aquilo que um dia fomos e que ainda diz muito sobre nós.

VOCÊ É... Você é os brinquedos que brincou, as gírias que usava, você é os nervos a flor da pele no vestibular, os segredos que guardou, você é sua praia preferida, Garopaba, Maresias, Ipanema, você é o renascido depois do acidente que escapou, aquele amor atordoado que viveu, a conversa séria que teve um dia com seu pai, você é o que você lembra. Você é a saudade que sente da sua mãe, o sonho desfeito quase no altar, a infância que você recorda, a dor de não ter dado certo, de não ter falado na hora, você é aquilo que foi amputado no passado, a emoção de um trecho de livro, a cena de rua que lhe arrancou lágrimas, você é o que você chora. Você é o abraço inesperado, a força dada para o amigo que precisa, você é o pelo do braço que eriça, a sensibilidade que grita, o carinho que permuta, você é as palavras ditas para ajudar, os gritos destrancados da garganta, os pedaços que junta, você é o orgasmo, a gargalhada, o beijo, você é o que você desnuda. Você é a raiva de não ter alcançado, a impotência de não conseguir mudar, você é o desprezo pelo o que os outros mentem, o desapontamento com o governo, o ódio que tudo isso dá, você é aquele que rema, que cansado não desiste, você é a indignação com o lixo jogado do carro, a ardência da revolta, você é o que você queima. Você é aquilo que reinvidica, o que consegue gerar através da sua verdade e da sua luta, você é os direitos que tem, os deveres que se obriga, você é a estrada por onde corre atrás, serpenteia, atalha, busca, você é o que você pleiteia. Você não é só o que come e o que veste. Você é o que você requer, recruta, rabisca, traga, goza e lê. Você é o que ninguém vê. (Martha Medeiros)

terça-feira, 21 de junho de 2011

Celebre o amor

Dia dos namorados passou e até então não havia pensando em nada para postar sobre o assunto. Andei fazendo uma pesquisa e descobri que no Brasil, o dia dos enamorados é comemorado em 12 de junho desde 1949 após a brilhante idéia do publicitário João Dória que trouxe a novidade do exterior aos comerciantes da época. Junho era um mês “paradão” e com vendas baixas, daí decidiram comemorar a data nesse mês e escolheram a véspera de Santo Antônio - o santo casamenteiro - bem pensado. Desde então têm-se criado situações, poesias e canções que remetem à sensação daquilo que une tão fortemente as pessoas: o amor.
Já dizia Mário Quintana: “Tão bom morrer de amor e continuar vivendo” quando se gosta profundamente você morre para um monte de coisas fúteis, como baladas em que enchia a cara, levava um monte de “fora” e voltava pra casa feito um cão arrependido. Daí você decide abrir mão daqueles seus “rolinhos” que te ligavam e te faziam se sentir menos vazio; de repente, deixa os amigos um pouco de lado, passa a recusar convites irrecusáveis e no mais inconsciente intuito acaba criando vínculo afetivo, o pré sentimento do amor. Que lindo! Você está apaixonado, então sente vontade de se doar sem reservas ou cobrança alguma pelo mais puro prazer, e é isso que o amor proporciona: a entrega, como se estivesse com o mais seguro de todos os paraquedas sente vontade de se jogar literalmente, só  para sentir aquele friozinho na barriga.
Sabe quando “o outro” é o seu primeiro e último pensamento do dia? E como se não bastasse as 24 horas pensando nela, você também sonha e acorda totalmente bobo, anestesiado, meio esquecido, porém com plena convicção de que se pudesse escolher não acordaria nunca, amar também tem dessas coisas, às vezes você não é você, solta o verbo e diz tudo o que sente, porém o “louco” que mora aí dentro não sai apenas pela garganta, irradia pelos olhos, sai pelo suor quando se treme as mãos e é aí que entra aquela sensação de frio no estomago, a borboleta que bate asas dentro de você.
O amor não tem dia e nem hora pra acontecer, sua comemoração geralmente ocorre no dia 12 de junho e ele realmente merece um dia especial para ser festejado, porque sua demonstração pode ser explícita e despreocupada. As vésperas do grande dia os shoppings e lojas ficam super lotados, as propagandas na TV anunciam excelentes preços com brindes e descontos para os amados, as rádios fazem promoções apaixonantes com direito a flores e ingressos para o cinema, tudo conspira para que esse dia se torne tão perfeito quanto o próprio amor. Nas ruas, declarações inesperadas e aquela “melação” que para alguns enjoa e é clichê, mas não, é preciso ver além das demonstrações exageradas, afinal de contas por trás de tudo isso existe uma ligação maior, um motivo peculiar e um significado que só quem está com aquele brilho nos olhos consegue enxergar. Muitas vezes é possível ver amor onde não tem, como no formato de um tomate vermelho, numa nuvem com formas de um cúpido com flecha e na sopa que quando junta os legumes forma um coração.
Os solteiros que se mordam, mas é inevitável não se incomodar ou se apaixonar no dia em que o amor é tão comemorado, seja com palavras, presentes personalizados, mensagem ao vivo (essa coisa meio breguinha) seja com pedidos de namoro, noivado e casamento, pensar no amor é pensar em festa, com direito a champagne e fogos de artifício dos tipos naturais, daqueles que saem de dentro do peito, parece até virada do ano, a contagem regressiva para estar perto de quem se ama, uma espécie de abandono daquilo que é velho para o resgate de um amor novinho em folha.


segunda-feira, 13 de junho de 2011

Neanderthalensis Futebol Clube


Estive observando o comportamento humano e me interroguei sobre o que é um homem assistindo jogo de futebol? É a coisa mais ogra e primitiva do mundo. Fui convidada a assistir o jogo do Vasco x Coritiba e como uma boa flamenguista que se preze torci pelo Coritiba,  time que nunca vi, mas que fiz muita questão. Chegando no recinto lá estavam os vascaínos espalhados, pareciam apreensivos, sufocados pelo grito na garganta de anos sem vitórias pra comemorar, mas não estou aqui para tocar na ferida vascaína, até porque não entendo nada dessas coisas de Copa do Brasil, títulos e estrelinhas sob o brasão, é demais pra mim, voltemos para meu ponto de observação.
De um modo geral a reação masculina diante uma partida de futebol é sempre a mesma, como havia dito anteriormente eles se transformam literalmente no homem das cavernas. Antes de começar o jogo não podem faltar é claro as apostas! E vale tudo: chiclete mastigado, 20 conto, dente de ouro e caixa de cerveja! Há! Sempre ela, 2 horas antes de começar o jogo eles se reúnem com os amigos tomam aquela cervejinha gelada e procedem com o ritual de toda final de campeonato: vestem a camisa, beijam o brasão, fazem o sinal da cruz (eles são bem devotos) e seguem para o primeiro bar que transmita o jogo. É fato que mulher de fanático sempre sobra nessas horas, e nem adianta implorar por atenção porque você é explicitamente trocada por 11 homens e uma bola, no entanto o segredo é não se deixar abalar pelo instinto torcedor que a maioria dos homens possui naturalmente, ainda que você assista futebol para agradar seu homem no momento em que o juiz apitar o jogo você será somente parte decorativa da sala, eles se desconectam desse mundo, mas não fazem por mal, acontece que eles não são eles ali diante a TV, se transportam para o estádio e se emocionam como se estivessem lá, cruzam os dedos, levam a mão à boca, expressam, raiva, espanto, dor, erguem os braços e soltam palavras que eu não escreveria aqui... A mãe do juiz coitada, só não é chamada de santa, isso se já não morreu de desgosto.
Enquanto os jogadores correm no campo sempre tem um que grita do lado de cá: toca pro lado, ali, cruza! Cruza! PQP é falta!!! Como se adiantasse alguma coisa... tsc...tsc... tolinhos, incorporando o “espírito de técnico “ eles acreditam fielmente que estão na beira do gramado e que dando as coordenadas o time poderá vencer, homens adoram pensar que estão no controle de tudo.
De repente eles fixam os olhos na tela e o coração pára por alguns segundos... Volta a bater, é Gol! É Gol! GooooooooooooooooooL, grita o narrador dando mais ênfase no “O” que Xitãozinho e Xororó em Galopeira! Nesse instante o torcedor se transforma num verdadeiro Neandertal que esbraveja soltando um Ráaaaaaaaagrrrrsh! ou coisa parecida, correm para abraçar outros da mesma espécie e eis o ápice da emoção, choram, beijam o manto sagrado, se ajoelham e agradecem! O gol que é anunciado em 3 minutos parece uma eternidade, porque eles vibram em câmera lenta, é engraçado que mesmo aqueles que não se conhecem parecem íntimos, amigos de infância, e sem pudor ou preconceito se abraçam e fazem um amigo para a vida toda. Desce mais cerveja, porque desse jeito o coração não agüenta o timão está ganhando, a esperança volta a surgir. “Juiz ladrão!” alguém solta revoltado, para angustia dos cuecas: 5 minutos de acréscimo, minutos que parecem horas e deixam o torcedor em êxtase de tanta ansiedade, perdem as unhas, os cabelos, o juízo e a cada contra ataque do time adversário, um soco no estomago, um aperto no coração.
Fim do jogo, Vasco foi campeão e garantiu vaga para a Libertadores, aqueles que ganharam suas apostas saíram com sorriso no rosto e caixa de cerveja debaixo do braço (foram eles: São Paulinos, Corintianos e Botafoguenses), os que torceram contra (tipo eu) sentiram certo incomodo por tanta comemoração, mas no fundo reconheceram que a vitória foi merecida, já os vascaínos mal podiam se conter de tanta felicidade e não pararam por aí, os mais novos “amigos” combinaram a carreata da vitória, com direito a cara pra fora e bunda Lelê na janela, precisavam mostrar para o mundo a vitoria tão sofrida, o arremate da caça realizada pelo Homo neanderthalensis . O resto bem, foi farra, festa e folia, porque o sentimento de ser campeão não tem preço. Ráaaaaaaaagrrrrsh!





terça-feira, 7 de junho de 2011

Cisne Negro - Oi?

Ultimamente tenho tentado ser criativa para esgotar toda possibilidade do tédio que é ficar em casa o dia inteiro, depois de visitar amigos, parentes e ler o livro “Melhor do que comprar sapatos” (outro assunto que merece post) resolvi fazer algo que há muito tempo não fazia: aluguei um filme. É fato que ele pode ter sido lançado há 10 anos que só de pensar em assisti-lo já estará locado, sempre tem alguém que chega na sua frente e o leva minutos antes de você chegar... Paciência, o jeito é procurar nos lançamentos.
Gosto bastante de comédias românticas, só que dessa vez queria algo diferente, daí a dona da locadora me deu a sugestão de levar o “Cisne Negro” campeão em críticas (depois entendi o porquê) alguns amigos também recomendaram dizendo ser muito bom, beleza, pareceu interessante, trouxe pra assistir.
O começo do filme é realmente incrível, baseado na historia de uma bailarina manipulada por uma mãe frustrada e um professor cafetão. Quando cheguei na metade já estava totalmente envolvida naquele clima de drama, suspense, ação e pornô, sim, porque tem cenas chocantes, de repente eu não sabia se a garota era perturbada espiritualmente, lésbica ou se estava se transformando num Ganso, ops! num Cisne. O longa é mesmo intrigante, impossível não prestar atenção nos detalhes, você fica ali entre o real e o imaginário, na tentativa de entender para não parecer que não entendeu nada, entendeu? rs
Depois que Cisne Negro terminou fiquei com aquela cara de tacho de quem não entendeu bulhufas do desfeche e um ponto de interrogação que me persegue até agora. Querido diretor me explique, por favor, qual foi sua intenção no filme? O que acontece com Nina depois que ela cai no colchão? Aquilo foi real ou terá continuação? Enfim, a coisa perdeu o sentido por não ter ficado claro se as cenas eram reais ou fruto das perturbações de Nina (Natalie Portman) e falando nela devo admitir que do início ao fim a atriz foi simplesmente brilhante, conseguiu ser um misto de Cisne branco com toda sua fragilidade exposta e negro ao mesmo tempo sento forte e imbatível, de certa forma sua bela atuação ofuscou as falhas do filme explicando assim a admiração daqueles que defendem ser um filme espetacular, quando na verdade foi ela quem salvou as cenas, sendo perfeita como a própria personagem queria ser.
Depois de assistir e deixar aqui minha singela opinião, penso que é bastante válido que vocês também assistam para terem uma opinião formada e quanto aos que já assistiram tenho uma perguntinha a fazer: alguém pode me explicar o final do filme?! rsrs

Beijos galera!

domingo, 5 de junho de 2011

Eleve-se!

Esses dias minha amiga resolveu me apresentar um deus grego que havia conhecido pela internet, mais precisamente pelo Youtube, não sou muito chegada em louros, mas esse vamos combinar que merece toda excessão do mundo.
Tirando o fato de ser lindo de morrer, ele é vocalista da banda Daros, que até então não conhecia, a banda é super da hora e a música de muitíssima qualidade, os garotos são de Brasília e em 2006 resolveram fazer uma levada Pop Rock de embalar corações, percebe-se que já pesquisei toda a vida dos rapazes. rs
Daros, que vem do grego: "aquele que se eleva" , está mandando super bem e conquistando seu espaço, da forma como está subindo não tenho dúvidas, o sucesso será garantido.
Para que finalmente possam conhecer o som que vem por aí, compartilho o clip oficial da música "Documentários", atenção para o detalhe que fiquei sabendo, a canção foi inspirada no filme: "Como se fosse a primeira vez" e realmente dá para ouvi-la mil vezes sem enjoar.

sábado, 4 de junho de 2011

Oito no mesmo dia!

Antes de sair de casa postei no facebook: “Terninho e pasta dos negócios, para onde vamos hoje?” Mal sabíamos o que viria pela frente, dia conturbado e muitos afazeres, nem sabia por onde começar. Comecei pelo mais satisfatório claro: trocar uma calça jeans que ficou super apertada em mim, vocês não imaginam a minha felicidade de pular do 34 ao 36 assim da noite para o dia, uma realização pessoal que não tem preço. Dei aquela passadinha básica na FAEP, sim, adoro as calças de lá e não pagaria caro numa calça de loja chique quando posso ter duas lindas e quase originais da FAEP (Feira de Planaltina). Lá fui eu pegar meu 1º ônibus do dia com terninho e pasta de documentos... Para que?! Bem, explico logo à frente, nessa de trocar a peça marquei de encontrar uma grande amiga dos tempos em que era operadora de telemarketing, primeiro emprego e amizades para a vida toda, ela é uma delas.
Tudo certo, desci na rodoviária de Planaltina, preguiça quando não mata atrofia, resolvi pegar um circular básico e 2º ônibus do dia, cheguei em 5 minutos satisfeita da vida por ter evitado aquela caminhada debaixo de um sol de 40°c. Cheia de coisas pra fazer e a Meire também, decidimos ir ao Plano Piloto, cidade dos negócios para nós que moramos nas bandas de cá, como tudo gira em torno de Brasília foi lá que minha pastinha dos negócios fez sentido nessa historia, fui demitida recentemente por “injusta causa” (fato que merece um post exclusivo) e precisava dar entrada no seguro desemprego, há se não fosse ele na vida de um pobre, parece comodismo, mas é a porta da esperança quando levamos aquele pé na bunda do nosso chefe.
Partimos então para o meu 3º ônibus do dia e não para por aí, Meire se inscreveu na faculdade, um tramite bem rápido que levou somente 2 horas, eu ansiosa ao extremo, já estava pra morrer de tanto esperar, mas valeu à pena ter a visto sair tão feliz pelo sonho realizado, ela que odeia matemática fará Ciências Contábeis... Vai entender. 
O 4º ônibus do dia lá vamos nós para a delegacia do trabalhador (parece que o sistema só funciona lá), tirando o fato de passar da parada, o procedimento foi muito rápido, não passei da recepção, meu termo de rescisão estava errado (viva a burocracia) e teria que ir ao RH da empresa para corrigi-lo, pois é, teria! não fui, o horário não me permitia, do contrário seriam nove ônibus no dia, deixei para segunda feira, mesmo sabendo que nesse dia a fila é maior que a da sopa na rodoviária, era o melhor a se fazer.
Surgiu aí uma excelente idéia de pegar um cineminha, por que não né gente? Já estávamos lá mesmo e partimos para nosso 5º ônibus, destino: Shopping Bulevard.
Chegamos ao cinema e nem demoramos em decidir qual filme assistir, escolhemos de cara: “Se beber não case Parte II”, Meire vendo pela primeira vez e eu pela segunda, só que dessa vez legendado, fazer o que também? O filme é bom, tive que ver duas vezes.
Uma seção incrível de muitas risadas, Zach Galifianakis, o Alan, merece o Oscar de maior sínico do ano, adoro as caras que ele faz. Filme que recomendo inclusive, uma terapia de tão divertido.
Hora de ir embora, parada lotada, alguma coisa estranha estava acontecendo, ponte congestionada, pessoas apressadas, se tivessem torres gêmeas ali diria que tinha acabado de acontecer um atentado, foi quando Meire Alan rsrs (ela só me mete em encrenca) decidiu que deveríamos pegar um Lago Norte, e eu me meti na fria de pegar o 6º ônibus para ver dois minutos depois passando por mim o meu Rápido Planaltina vazio da Silva. Droga!
Impossível chegar à parada da ponte, 300 pessoas fechavam a pista em protesto contra sei lá o que, tenho certeza que mais da metade estava ali porque tinha fogo e gente reunida pobre adora fazer montinho, só sei que ninguém subia nem descia... É pau é pedra é o fim do caminho... Abandonamos o ônibus debaixo da ponte do Bragueto e resolvemos ir andando para a parada, brilhante idéia de quem? Meire Alan, claro!
Correndo o risco de ser queimada como o índio Galdino, passamos pelos protestantes e caminhamos 30 minutos até chegar na bendita parada, se arrependimento matasse eu estaria boiando no lago Paranoá, para acabar de lascar tudo (desculpem o termo) nenhum ônibus parava para que pudéssemos entrar, os motoristas tinham medo que fossemos vândalos bombas e ficamos ali por horas até que todos decidiram fechar a pista com uma fila humana, o strike seria feio mas era a única chance de sairmos de lá... Deu certo! Meire se enfiou no primeiro busão que parou, Sobradinho II, e eu lógico fui junto para o meu 7º ônibus do dia, a essa altura já estava esgotada, tanto que só de olhar pra minha cara de piedade um moço portador de necessidade especial  pagou minha passagem... Sente o drama.
Cansada de andar em círculos resolvi deixar Meire seguir viagem e desci no Colorado, ali estava a chance de chegar em casa, foi seguindo meus extintos que peguei o 8º ônibus do dia, eu , meu terninho e a pasta dos negócios totalmente amassada. Lotado de faltar o ar, segui viagem de pé, com sorriso subliminar nos lábios e me imaginando dentro da calça nova da Morena Bege, era pra ser Rosa, mas sabe como é imitação.
Pegar esse bus valeu tanto a pena que fiz amizade com o cobrador, tenho certa facilidade para me comunicar, já que falar sozinha parece esquizofrenia, me amarro em conversar com estranhos, e eles estão sempre ali tadinhos, só esperando um “Oi” de uma passageira simpática e bem educada.
Contei a historia do meu lindo dia para ele, demos boas risadas e foi então que percebi que a vida é mesmo assim, depois que passa a gente ri, porque a felicidade ainda que camuflada está nesses pequenos acontecimentos do dia a dia e feliz daquele que consegue rir das próprias dificuldades, inclusive de si mesmo.


Post do facebook ao chegar em casa: Morre lentamente quem não viaja, quem não lê, quem não ouve música, quem não encontra graça em si mesmo.



terça-feira, 31 de maio de 2011

Conversas de banheiro feminino:


- Amiga, definitivamente esqueça! 

 - Pode me dizer como? Hoje pensei nele na sessão da tarde, certamente amanhã depois de postar alguma frase subliminar no msn e até que chegue a véspera massacrante do dia dos namorados o bendito ainda estará aqui vagando no meu sub consciente


- Faz Yoga amiga, isso! sempre funciona, você precisa achar um ponto de equilíbrio pra esquecer esse cafajeste.


- Um cafajeste que pra completar é de áries, meu inferno astral! 
Mas escreve só uma coisa:


- Na folha de secar as mãos?! (Risos)


- Num belo dia acordarei de manhã e o terei esquecido! Quem é Roberval? Então me sentirei livre sem aquele nó horrível no meio do meu sossego.


- É assim que se fala amiga, até porque ele é só mais um cara e você já conseguiu esquecer outros caras antes.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Você sempre aqui...

Lembrei de quando cantava pra mim, 
Aos 7 anos era tratada como gente grande, 
Você sabia me fazer sentir importante,
A menina dos seus olhos, tão importante para Deus. 
Dói saber que nada mais pode ser feito, 
Que só mais um abraço, aquele que eu nem sabia que era o último, não poderei te dar. 
Sentirei por todas as vezes que pensar em você,
Que ouvir o consolo inaceitável das pessoas de que foi melhor assim,
Que um dia nos encontraremos, no céu ou em outras vidas, 
E que Deus em sua infinita bondade confortará meu coração.
O que tenho de você? Sem fotos, cartões, bilhetes pra recordar...
A saudade mais dolorida é a saudade de quem se ama.
Resta-me apenas lembrar seu nome, sua voz, seu jeito exagerado,
Tudo o que não posso tocar, sentir ou vivenciar, e isso está me remoendo... 
Você não faz idéia do quanto...
Até quando não sei... 
Sinto saudades dos anos que passaram tão depressa, 
Do que ficou das conversas e de tudo aquilo que não poderemos mais viver. 

Te amo irmão. 



quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nossos Mundos



Ela era de um planeta azul;


Bem, ele era de um planeta nublado; 



Ela de Netuno

Ele de Sterlim, planeta inventado por ele mesmo;

Ela cheia de manias;

Já ele adorava todas elas; 

Ela vivia com a cabeça nas nuvens;

Enquanto ele vendia algodão doce;

Parece até destino mas foi tecendo sua máquina que se conheceram;

Ela viu nele a base de seus desatinos,

Ele por sua vez se amarrou naqueles olhinhos verdes e intrigantes;

Iluminados pelo poste da pracinha;

Ela só pensava no presente;

Ele tão somente que ela era uma surpresa;

De todas as coisas opostas que curtiam, 

Amavam algo em comum:

Estar na presença um do outro, 

Mesmo um sendo noite e o outro dia, 

Sabiam-se que não giravam em torno do mesmo Sol, 

Mas sabiam-se que aquilo que sentiam se não era paixão, 

Era da mesma família,

Pois sobrava o que sobra dos corações apaixonados;

A carência. A saudade. O encantamento. Um Quase desespero, 

Uma espécie de cometa em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, 

Só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.

terça-feira, 29 de março de 2011

Estamos com sede de amor

Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes, danças e poses em closes ginecológicos, chegam sozinhas. E saem sozinhas. Empresários, advogados, engenheiros que estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e, sozinhos.
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dance", incrível. E não é só sexo não, se fosse, era resolvido fácil, alguém duvida?

Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho sem necessariamente ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico, fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçados, sabe, essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega.

Pode fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção. Tornamos-nos máquinas e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir", só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós.

Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada no site de relacionamentos Orkut, o número que comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra ser sozinho!".

Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis.

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e estamos a cada dia mais belos e mais sozinhos. Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário, pra chegar a escrever essas bobagens (mais que verdadeiras) é preciso encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa. Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia é feio, démodé, brega.

Alô gente! Felicidade, amor, todas essas emoções nos fazem parecer ridículos, abobalhados, e daí? Seja ridículo, não seja frustrado, "pague mico", saia gritando e falando bobagens, você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta.

Mais (estou muito brega!), aquela pessoa que passou hoje por você na rua, talvez nunca mais volte a vê-la, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois.

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza? Um ditado tibetano diz que se um problema é grande demais, não pense nele e se ele é pequeno demais, pra quê pensar nele. Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo ou uma advogada de sucesso que adora rir de si mesma por ser estabanada; o que realmente não dá é continuarmos achando que viver é out, que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo ou que eu não posso me aventurar a dizer pra alguém: "vamos ter bons e maus momentos e uma hora ou outra, um dos dois ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida".

Antes idiota que infeliz!

sexta-feira, 25 de março de 2011

Tire-o da cabeça!

14 de setembro de 1998 


Você estava apaixonado por alguém e levou um fora. 
Acontece mais do que acidente de avião, desastre com romeiros e incêndio na floresta. 
Corações partidos é o grande drama nacional. O que fazer? 
Ainda não lançaram um manual de auto-ajuda que consiga eliminar nossa fossa, 
e dos amigos só podemos esperar uma frase, repetida à exaustão: tire esse cara da cabeça. 
Parece fácil. Mas alguém aí me diga: como é que se tira alguém de um lugar tão cheio de mistérios? 


Gostar de alguém é função do coração, mas esquecer, não. 
É tarefa da nossa cabecinha, que aliás é nossa em termos: tem alguma coisa lá dentro 
que age por conta própria, sem dar satisfação. 
Quem dera um esforço de conscientização resolvesse o assunto: não gosto mais dele, 
não quero mais saber daquele prepotente, desapareça, um, dois e já! 


Parece que funcionou. Você sai na rua para testar. 
Sim, você conseguiu: olhou vitrines, comeu um sorvete e folheou duas revistas sem derramar 
uma única lágrima. 
Até que começa a tocar uma música no rádio e desanda a maionese. 
Você não tirou coisa alguma da cabeça, ele ainda está lá, cantando baixinho pra você. 


Táticas. Não ficar em casa relendo cartas e revendo fotos. 
Descole uma festa e produza-se para matar. Você bem que tenta, 
mas nada sai como o planejado. 
Os casais que se beijam ao seu lado são como socos no estômago. 
Você se sente uma retardada na pista de dança. 
Um carinha puxa papo com você e tudo o que ele diz é comparado com o que o seu ex diria, 
com o que o seu ex faria. Chamem o EccoSalva. 


Livros. Um ótimo hábito, mas em vez de abstrair, 
você acha que tudo o que o escritor escreve é para você em particular, 
tudo tem semelhança com o que você está vivendo, 
mesmo que você esteja lendo sobre a erupção do Vesúvio que soterrou Pompéia. 


Viajar. Quem vai na bagagem? 
Ele. Você fica olhando a paisagem pela janela do ônibus e só no que pensa é onde ele estará agora,
sem notar que ele está ali mesmo, preso na sua mente. 


Livrar-se de uma lembrança é um processo lento, 
impossível de programar. 
Ninguém consegue tirar alguém da cabeça na hora que quer, 
e às vezes a única solução é inverter o jogo: em vez de tentar não pensar na pessoa, esgotar a dor. 
Permitir-se recordar, chorar, ter saudade. 
Um dia a ferida cicatriza e você, de tão acostumada com ela, acaba por esquecê-la. 
Com fórceps é que a criatura não sai.




Martha Medeiros

Pra você!

Foi encanto à primeira música quando ouvi Paula Fernandes pelo rádio, sua canção de sucesso Pássaro de fogo me fez viajar e perceber que existem pessoas que cantam como verdadeiros anjos, dentre tantas canções interpretadas por sua belíssima voz, resolvi compartilhar sua nova música "Pra você". Apaixonante? imagina!
Pra Você Paula Fernandes
Eu quero ser pra você
A alegria de uma chegada
Clarão trazendo o dia
Iluminando a sacada

Eu quero ser pra você
A confiança o que te faz
Te faz sonhar todo dia
Sabendo que pode mais

Eu quero ser ao teu lado
Encontro inesperado
O arrepio de um beijo bom
Eu quero ser sua paz a melodia capaz
De fazer você dançar

Eu quero ser pra você
A lua iluminando o sol
Quero acordar todo dia
Pra te fazer todo o meu amor

Eu quero ser pra você
Braços abertos a te envolver
E a cada novo sorriso teu
Serei feliz por amar você

Se eu vivo pra você
Se eu canto pra você
Pra você



sábado, 15 de janeiro de 2011

Saruel

A calça saruel (ou sarouel) é aquela calça com o gancho bem baixo, e mais justa do joelho para baixo. É uma calça que chegou tímida na moda brasileira, mas definitivamente pegou. Combina com as mais estilosas, e pra quem não tem medo de coisas diferentes. Uma coisa é certa: é estranho ver aquele amontoado de pano no meio das pernas, mas se a mulher tiver estilo e souber combinar a sua produção, o look pode ficar interessante. 

Então, para não pagar mico e ficar com estilo, leia abaixo algumas dicas de como usar a calça saruel:
  • Como praticamente tudo na moda, a calça saruel é perfeita para mulheres altas e magras. Se você forgordinha, cuidado! A calça saruel tem o poder de aumentar uns dois números o manequim!
  • Quem tem quadril largo deve evitar a saruel de tecidos grossos. Se tiver o corpo grande na parte de baixo, invista em calças de tecido mais fluido, como malhas com elastano.
  • Lembre-se que o equilíbrio é fundamental: se usar a calça saruel, invista em peças sequinhas na parte de cima do corpo.
  • A saruel fica linda se usada com elementos mais simples, como regatinhas de malha e blusinhas grudadas ao corpo, como uma baby look bem básica.
  • Para o verão, a pedida perfeita é usar a saruel com rasteirinhas e chinelinhos.
  • Para o inverno, cuidado com sapatos muito grosseiros e pesados. Invista em sapatos delicados para usar com a saruel, como peep toes e sapatilhas.
  • Como a saruel por si só chama muito a atenção para a parte de baixo do corpo, invista em acessórios na parte de cima, como colaresbrincos e braceletes.
  • Para o verão, o look calça saruel + colar grande e comprido com flores e tecidos + rasteirinha é perfeito!
Barriguinha de fora só com o corpo em dias.

É preciso cuidado com blusas folgadas pra não dar muito volume.

Saruel cós alto fica um luxo com botinhas,sapatilhas ou sapatos peep toes.


Rasteiras deixam o look ainda mais leve.

As famosas também aderiram a moda, Carolina Diekmann em seu super estilo de macacão saruel e tênis de oncinha.

 E por último: homem de saruel. Tem que ter estilo.