sexta-feira, 30 de março de 2012

Confidência

Estou sempre assim, com sorriso enigmático no rosto, como se alguma coisa muito boa estivesse me acontecendo e na verdade está. Eu estou viva e posso contemplar a beleza de tudo o que vejo. 

quarta-feira, 28 de março de 2012

Elas e eles no mesmo lugar

Dia internacional da mulher passou e várias homenagens foram feitas pelos homens, inclusive adoro ver a preocupação que eles demonstram em escrever palavras bonitas, enviar imagens legais pela net e lembrar o quanto somos especiais... Meninos vocês ficam uns fofos nesse dia e nós mulheres nos sentimos demais!" Pois é, estive pensando sobre o assunto e não foi tão difícil preparar um tema legal, já que mulher está sempre atenta a detalhes e a vida sendo assim feita de tantos deles resolvi falar em algo bem simples, mas que de tão especulado virou dúvida crucial entre os homens: Porque mulheres nunca vão sozinhas ao banheiro, demoram horas para voltar e enfrentam filas gigantescas por uma vaga em frente ao espelho? Mistério misterioso... Vamos desvendar.
Desde a invenção do banheiro com quatro paredes e um telhado em cima que todo homem tem a curiosidade de saber o que tanto as mulheres fazem lá dentro e porque vão sempre acompanhadas de uma procissão de meninas, com uma cabeça chefe liderando as outras, a resposta não é nada que um Mister "M" não possa revelar ou que a humanidade já não desconfie, porém eis o grande segredo: mulheres vão acompanhadas de outras mulheres ao banheiro, mas os homens também vão junto, isso mesmo, eles estão sempre com elas, entre um assunto e outro, na opinião de uma amiga que não quer ver a outra sofrer, no babado do fulano que separou da sicrana  no teste de gravidez que deu positivo e ela não sabe o que fazer ou no comentário em off em que uma vira pra outra e fala: “ amiga, você viu como ele tá estranho?”
Mulheres vão ao banheiro com suas fiéis escudeiras para desabafar, para terem uma segunda opinião sobre um assunto que não dá pra falar na frente de todo mundo, não que elas não queiram fazer suas necessidades fisiológicas, e até fazem (xixi no máximo que é pra não perder tempo), porém esse não é o motivo principal da convocação em que a líder chama as outras para irem ao campo de concentração, a real intenção de seguirem juntas é retocar a maquiagem de dentro e de fora, uma conferida sentimental, lá dentro elas trocam figurinhas de experiências vividas, fazem comentários maldosos e querendo ou não os homens acabam fazendo parte da reunião.
Acho super fértil a imaginação de quem pensa que uma mulher acompanha a outra pra segurar na mão enquanto a amiga usa a privada ou que somos tão carentes que precisamos de atenção até nessa hora, o fato é que chamar uma pessoa para ir ao toalete faz parte da natureza feminina, mulher tem essa coisa de partilhar, adora pedir e dar opinião, emprestar os ouvidos, o ombro, o batom e no final das contas o assunto é sempre “eles” assim como em rodinhas eles também falam sobre “elas”. Apesar de ser proibida a entrada de mulheres no W.C masculino, para os homens a regra não funciona do mesmo jeito, já que no caso dos meninos o banheiro feminino não é tão restrito assim, eles entram sem saber.

- Carine Morais

sábado, 17 de março de 2012

Tatibitati do amor

Dia desses estava conversando com um amigo quando sua Pitokucha  decidiu ligar, discretamente procurou um lugar mais reservado e seus olhinhos pareciam sorrir enquanto ela dizia coisas meigas (imagino eu) aos seus ouvidos, observando a cena, parei pra entender o porquê dos casais ficarem tão melosos ao telefone e o motivo de tamanha dificuldade para desligarem o celular, a resposta além simples é bem óbvia, casais apaixonados criam apelidos carinhosos e falam com vozinha de criança no único e fundamental intuito de criarem vínculo afetivo.Taí a explicação  para os indecisos que nunca sabem quem vai desligar primeiro.
E quem nunca falou com o namorado com vozinha de bebê que atire a primeira chupeta! Está mais do que comprovado que quando estamos apaixonados adquirimos uma espécie de espírito dengoso, é como se fizessemos uma regressão à infância, mas sem a  inoscente guerra de meninos x meninas, nesse caso somos rendidos pela melação de todo inicio de namoro e mesmo aqueles insensíveis e considerados sem coração passam inevitavelmente pela fase mais grudenta e criativa da relação: o momento de inventar apelidinhos carinhosos.
E haja criatividade pro amor! No começo quando se conhecem rola toda  uma formalidade, em pouquissimo tempo o até então Diogo vira o “Di” e a Renata vira a “Rê" isso quando não vinculam a relação com a culinária e passam a se tratar por “Chuchuzinho” e “Docinho de côco” ou “Bombonzinho” e “meu Quindim”. É sempre um motivo peculiar que fazem os casais escolherem os nomes que passarão a se chamar e você logo percebe a intimidade dos pombinhos quando o apelidinho fofo é simplesmente indecivrável ou impossível de qualquer associação.
 Seja um codinome usual como o pai de todos “Amor”, que dependendo do humor pode variar entre, Mô, Mozim, Amorzaum e Moreco, ou seja ele esquisito: Guxo, Biluzinha, Totozinha e Bebeinho, a finalidade do "Cuti cuti" é uma só: criar um nível de intimidade mais elevado e demonstrar o quanto o outro é importante e apreciado. Mesmo que pareça bizarro ou incompreensível para aqueles que ainda não encontraram suas Pitokuchas ou seus Bombonzinhos, falar com vozinha de bebê e se derreter em mimos é necessário para a criação do vínculo afetivo, onde o sentimento vivido por meninas e meninos crescidos é  carinhosamente preparado para amadurecer.

"Casais insuportáveis que falam desse jeito são mais felizes. Insuportavelmente mais felizes".


 

segunda-feira, 5 de março de 2012

Sim! As minas piram

Depois que Luiza voltou do Canadá a onda que se espalha no Facebook é : as mina pira!
É um tal de “as mina pira num playboy”, “as mina pira no moicano do Neymar” e por aí segue uma infinidade de pirações que só sendo louca de pedra pra se amarrar. Observando todas essas coisas que segundo eles fazem as mulheres enlouquecerem, vejo que nada chega realmente perto do que faz a cabeça de uma mulher girar. Pra fazer as minas pirarem não é preciso tantas parafernálias, afinal de contas no que elas piram de verdade é num homem interessante.
Homem interessante é aquele que faz uma mulher se sentir única em sua feminilidade, que a elogia de maneira exclusiva e a separa da maioria, ele não generaliza em dizer que as mulheres perderam seu valor porque sabe que existe aquela que se destaca entre as demais. Ele é interessante porque é sincero em suas intenções e não esconde o que verdadeiramente é. Nem sempre é o mais bonito, o mais solicitado, um possível rosto a participar do BBB, pelo contrário, ele é bem discreto, não faz barulho quando chega e nem tem prazer em chamar atenção, seus atos se resumem numa única palavra: simplicidade.
O homem interessante tem cuidado em não machucar uma mulher e nem feri-la com palavras duras, mas não deixará de ser sincero quando tiver que dizer que ela está errada ou que deveria confiar mais em si mesma.
Com tantas qualidades é importante entender que o homem interessante não é um ser perfeito dotado de habilidades dignas de um super-herói, ao  oposto disso ele é um ser humano como qualquer outro, tem defeitos e comete enganos, porém não espera por uma mulher que decifre seus conflitos internos e nem precisa ser salvo para se entregar a um relacionamento.
Há quem pire num cabelo espetado, na blusa gola “v” do Fiuk, na dancinha do Rodrigo Faro, todos eles têm seu charme e mexem com a libido feminina, entretanto pirar fora da realidade não condiz com o que elas realmente procuram. Apesar de todas as mudanças e a busca incessante pela independência, as mulheres não perderam a sensibilidade, já que no fundo o que as fazem pirar mesmo é o jeito único de um grande homem, aquele que mesmo não tendo perfil no Facebook, não deixa de ser um cara interessante.

sábado, 3 de março de 2012

DR entre amigos


Uma vez ouvi de uma grande amiga que você só  consegue gostar de alguém quando existe afinidade, é quando nem todos os gostos são compatíveis, nem mesmo a crença, a religião, mas o santo bate e a conversa flui naturalmente, tanto que você pode até jurar que já se esbarraram em outras esquinas ou em outras vidas numa possível reencarnação. E assim acontece quando se tem um amigo. Amizade é quando você vai muito com a cara de outra pessoa, confidencia seus maiores segredos e nem precisa pedir sigilo porque sabe que ela irá guardar, mesmo aqueles pecados de morte, que você só contaria ao padre no dia da extrema unção, lá está ela pra te ouvir e te entender, na função de psicóloga, juíza, enfermeira, domadora de leões, entre tantas outras que só ela consegue ser.
Apesar de toda essa afinidade e compatibilidade de gênios, há dias de chuva e dias de sol, onde a mais harmoniosa das relações pode passar facilmente pela tenebrosa DR, isso mesmo, amigos também brigam e discutem a relação. Foi justamente o que me aconteceu hoje com uma amiga de infância, em meio a uma conversa no facebook resolvemos lavar roupa suja ali mesmo, no bate papo online, entre as carentes acusações de: “você não se importa comigo” e “ você não muda mesmo”, tocamos propositalmente na ferida uma da outra, e foi então que ela fez sua pior acusação: me chamou de dramática. A gota pra transbordar o balde de uma leonina.
- “Você deveria me aceitar com eu sou sabia? Vive me chamando de dramática! Dizer que não se importa comigo virou drama agora? Drama é colocar aquele povo chorando no De Volta pra Minha Terra, drama é o que a Thalia faz em Maria do Bairro, é trocar a letra “g” de grama por “d” de drama. Faça mil favores. E olha que nunca te chamei de exagerada mesmo você sendo a materialização do exagero."
Depois disso, bem, demos altas gargalhadas seguidas de vários ‘kkkkkkkkkk’, ela me chamou de dramática 345 vezes (confirmando o que eu havia dito anteriormente) e escreveu palavra por palavra, porque além de exagerada ela é perfeccionista (o meu inverso) e eu adoro conversar ela, com todos os exageros de uma sagitariana.
Acredito que afinidade também seja isso, é quando você conhece o defeito do outro, o ponto fraco do outro e não se importa com isso, ou melhor, não se aproveita disso, a não ser para dar boas e gostosas risadas ao perceber o quanto são diferentes e ao mesmo tempo tão iguais.