quarta-feira, 25 de maio de 2011

Nossos Mundos



Ela era de um planeta azul;


Bem, ele era de um planeta nublado; 



Ela de Netuno

Ele de Sterlim, planeta inventado por ele mesmo;

Ela cheia de manias;

Já ele adorava todas elas; 

Ela vivia com a cabeça nas nuvens;

Enquanto ele vendia algodão doce;

Parece até destino mas foi tecendo sua máquina que se conheceram;

Ela viu nele a base de seus desatinos,

Ele por sua vez se amarrou naqueles olhinhos verdes e intrigantes;

Iluminados pelo poste da pracinha;

Ela só pensava no presente;

Ele tão somente que ela era uma surpresa;

De todas as coisas opostas que curtiam, 

Amavam algo em comum:

Estar na presença um do outro, 

Mesmo um sendo noite e o outro dia, 

Sabiam-se que não giravam em torno do mesmo Sol, 

Mas sabiam-se que aquilo que sentiam se não era paixão, 

Era da mesma família,

Pois sobrava o que sobra dos corações apaixonados;

A carência. A saudade. O encantamento. Um Quase desespero, 

Uma espécie de cometa em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, 

Só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo.

Um comentário:

  1. Ser planetas não é fácil
    Você na sua galáxia
    Eu na minha
    Espalhados num infinito preto
    Como se soprassemos farinha

    O que intriga é que
    Mesmo sem gravidade nenhuma
    Fui pendendo pro seu lado
    Te encontrei
    Numa pracinha galáctica por acaso

    Parecia com a terra
    Tinha ruas.
    Setores sul e norte
    E como você mesma disse
    É verdade acredite,
    iluminados sob a luz de um poste!

    Te adoro...

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