quarta-feira, 3 de agosto de 2011

O amor não envelhece

O que você faria se tivesse a oportunidade de reencontrar seu grande amor pela segunda vez?
Foi exatamente o que me perguntei quando assisti o filme “Cartas para Julieta” a historia acontece na cidade de Verona – Itália, quando a personagem inglesa Clair super mega apaixonada deixa uma carta para que Julieta lhe responda, a pergunta dela? bem, foi simples e desesperada: “ Julieta, combinei de fugir com Lorenzzo meu grande amor, pois meus pais jamais aceitariam nosso romance, ele esta me esperando debaixo de nossa árvore, por favor, me diga, o que devo fazer?
É nessas horas que a falta de comunicação atrapalha demais a vida da gente, infelizmente a carta de Clair não foi vista por Julieta e não houve resposta alguma, então você deve estar se perguntando, o que aconteceu com ela? Foi embora? Casou-se com um Duque na Inglaterra ou resolveu ir contra a vontade de seus pais? Ela simplesmente deixou o moço a esperando e nunca mais voltou.
É justamente aí que começa uma bela história de amor. Há muitos anos Verona recebe turistas na histórica casa de Julieta Capuletto (Essa mesmo de William Shakespeare) moças apaixonadas do mundo inteiro deixam suas cartas de relacionamentos fracassados coladas no muro da sacada e com eterna esperança de recuperarem seus corações partidos, então essas cartas são respondidas pelas secretárias de Julieta, que dão um verdadeiro up na vida dessas mocinhas decepcionadas que já não vêem a menor graça na vida. Capite?
E assim aconteceu com Clair, ela deixou sua carta no muro dos Capulettos, porém por detrás de uma pedra que foi removida somente 50 anos depois, sendo finalmente respondida por Sofie, uma linda moça escritora e noiva de um tremendo idiota que só pensava nele mesmo. (Essa é outra parte do filme que não vem ao caso.)
O encontro de Clair e Sofie ocorre por intermédio de Charlie o neto da fujona, e então começa a busca incessante por  Lorezzo, afim de corrigir o erro de tê-lo deixado no passado. 
Vendo toda essa história fico imaginando como era difícil amar nos tempos antigos, a protagonista passou 01h40min de filme procurando seu amado e encontrou inúmeras dificuldades pelo caminho, principalmente pelo fato de existirem 74 Lorezzos na região e por não ter nenhum contato, telefone, endereço ou email do ragazzo, mamma mia! Complicado hein!?, na atualidade e com toda essa tecnologia seria fácil encontrá-lo pela internet por exemplo, Orkut ou Facebook, ainda mais se ela o tivesse adicionado aos seus amigos. O que seria de nós sem toda essa praticidade? Hoje podemos encontrar o ser amado lá na Conchichina, deixar um scrap, um recado off-line no MSN ou um torpedo via SMS, por outro lado o amor de 1900 e antigamente me parecia como dos contos de fadas, com direito a cartas escritas a próprio punho, declarações inesperadas, travessias de mares e oceanos, que lindo! Era um amor capaz de vencer as dificuldades, a distância e a não permissão dos pais. Enfim, não sou estraga prazer e por esse motivo não vou dizer se Clair encontrou Lorenzzo ou se por uma infelicidade descobriu que ele estava morto e em última das hipóteses caquético aposentado, todo esse papo rolou por que me bateu uma enorme vontade de levantar a questão do amor moderno x amor antigo, e é isso, cheguei a conclusão de que independente da época , o amor é sempre amor e ele não envelhece, não consigo me imaginar nascendo há mais de 50 anos atrás, porém acredito que todos possam se adaptar ao seu tempo. Se por acaso você deixou passar aquele amor pra vida inteira e não sabe se deve procurá-lo é só colocar a palavra “e” e “se” uma do lado da outra,  porque juntas elas possuem um poder avassalador, "e se" ele estiver te esperando? "E se" o amor superou o tempo que passou? "E se"? "e se"? Ir ou não atrás de um amor, só cabe a nós decidir, "e se" um dia decidir fazê-lo, que o faça sem demora, à tempo de ser feliz.