segunda-feira, 19 de maio de 2014

Recato


Sempre pequei por excesso 
exagero de riso, faltas prolongadas, 
infinitas presenças. 
preenchi o nada, excedi o vago 
e descobri um arco-iris numa lata de tinta fresca 
colori dias nublados.
no amor me joguei de cabeça, dei a cara a tapa 
quis provar para a escassez do sentimento 
que ser demasiada não era estar errada. 
não penso que estava. 
meu maior erro, foi ter nascido sem asas.

- Carine Morais

2 comentários:

  1. Uma expressão te descreve neste poema: beleza infinita. É verdade inteira que de alguma forma sejas exagerada (e tu o disseste!): faltas, faltas, faltas, como fazes falta! Aí pegas a lata de tinta, te atiras de cabeça a escrever, um poema mais lindo que o outro, e a gente que comente tudo! Malvada. Não podias ser menos, de uma parte e outra, exagerada? Teu poema é belo inteiro, mas teus dois últimos versos são de antologia. belos como nada no mundo. Perfeitos. Eu não soube que isso era possível, mas até na perfeição do que escreves, és exagerada. Beijossssssss

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  2. Amigo, me fez rir como nunca! hahahahah
    Entrei num disparate com a latinha de tinta e quando me vi já havia passado para o blog todos os rascunhos que esperavam serem terminados rsrs... Excelente observação! rs
    Me alegra muitissimo seus comentários, esse em especial por tamanha gentileza de sua parte nas últimas linhas, perfeito é ter esse retorno tão positivo sempre que me lê. Obrigada e obrigada amigo!

    Beijoss

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