quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Nasce, cresce, reproduz e voa


Na poesia não existe gravidade, existe gravidez da palavra, dela nascem alguns rabiscos, desenhos que viram letrinhas, muitas se juntam formando pares feito duplas sertanejas e para aproveitarem a deixa viram notas musicais. 
Afinadíssimas desde pequenas, cantam sons por aí, barulho de buzina, estalo de beijo, fala dos bichos, batida de coração.
Como tudo nessa vida, poesia também cresce, de letra e som vira palavra, vira frase, vira texto, música, tradução, só não morre porque voa, nela não há gravidade, nem do fim e nem do peso das coisas que caem ao chão, porque os versos flutuam e é preciso muito esforço para alcança-los, mais que esticar os braços, requer as pontinhas dos pés, poesia depois que nasce, não se aquieta, ela salta vida a fora, poesia dança balé.

- Carine Morais

3 comentários:

  1. Como diría el Poeta y Dramaturgo español, Federico García Lorca:
    "Poesía es la unión de dos palabras que uno nunca supuso que pudieran juntarse, y que forman algo así como un misterio".
    Me ha encantado tu Post de hoy.
    Um abraço.

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    1. Lindas palavras Pedro!
      "Formam algo assim, como um mistério."
      Obrigada pela visita, me encanta vê-lo por aqui.

      Abraços

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  2. Obrigada pela visita aqui no blog!
    Agradeço o convite e aceito conhecer a comunidade.

    Beijos meus

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