quarta-feira, 18 de julho de 2012

A difícil arte de ser quem você é

Gosto de balões coloridos, Buldogue Francês, reticências (...) Perfumes cítricos, batons vermelhos, minutos de silêncio, conversas incessantes e risadas em horas inusitadas.
Gosto de Drummond, Lispector, Veríssimo e Quintana, gosto de Seu Jorge, Nando Reis e Cañas.
Gosto de falar sozinha, encenar, recitar e dançar no meu palco... Minha alma cheira a talco e só quem é clarividente pode me ver... Também gosto de Gilberto Gil.
Gosto de encorajar as pessoas, de pedir que chorem tudo o que tiverem pra chorar, porque é preciso muita coragem pra ser quem você é, sem truques, sem máscaras, sem lágrimas encalhadas entre os olhos, sem "tá tudo bem" quando na verdade não está.
Sonho com viagens pelo mundo, com minha encantada Torre Eiffel, com fotografias únicas tiradas pelas lentes de uma câmera e do coração. Aquilo que os olhos guardam a memória jamais esquece.
Sonho em me libertar de traumas infames, e do orgulho de sempre afirmar que "a vida bate mais ensina", aquela velha historia de quem meteu os pés pelas mãos.
E a vida é ponto de interrogação, a gente sabe muito bem do que gosta, mas não sabe dizer exatamente quem a gente é, se é que existe resposta certa pra isso. 
Ao contrário do que pareça ser, todas essas coisas não me são, mas sim sou todas elas. Sou balão flutuando no céu, sou perfume, batom, torre e canção, Samba Rock, Pop, Reggae e Soul, palavras soltas, amor, maré, remar, amar, sou a difícil arte de ser quem eu sou.


[Carine Morais]






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