Tarde na Sertaninha
o clima estralava mais
que chão trincado em barras
e a seca esperava em
vão
uma gota de chuva
que saciasse a terra.
O céu com sol gemado
amarelava em nuvem clara
feito ovo estrelado
numa frigideira seca
cujo sal seu único tempero
estava no suor do
povo.
- Carine Morais
Ah, a seca... Há uns meses atrás os sertões nordestinos estavam sofrendo com a seca e os gados morrendo de sede... Bom, mas o foco não é esse. Ainda bem que já passou. rs
ResponderExcluirO foco é o teu poema.
Encontras poesia até nos lugares secos e sóbrios. Você é uma verdadeira poetisa! Mais um texto que merece aplausos!
beijos, Cah :)
Belíssimos versos. Quedei-me entre os versos e os risos, estes tão singelos, de quem vive os versos (aqueles, tão exatos!) e não quer apenas sobreviver às inclemências, mas busca, na experimentação das singelezas da vida, viver! Beijos meus
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