Dançava faceira
a bailarina
ao som de valsa
girava o mundo
girava a saia
num túnel de tempo
onde as coisas
não paravam no lugar
era setembro
era outono
cujas folhas caíam
sem que ela soubesse
era um mistério
vê-la dançar
só tinha um passo
talvez escasso
até que a caixa
se fechasse
e ela désse
seu último
suspiro.
- Carine Morais
As bailarinas têm uma arte que nos rouba os olhos. As poetizas, uma que nos rouba as imaginações. Bellissima. Beijosss
ResponderExcluirEste poema é lindo como o primeiro poema que li na vida, quando tinha 5 anos (A bailarina - Cecília Meireles) e a recordação é doce demais... Até já tentei uns passos de balé, mas, canso rápido e não sei fazer nada. rs
ResponderExcluirIsso parece o balé da vida, onde nada está como estava há segundos atrás e que, numa hora ou outra, a vida nos encarrega de levar-nos ao passado, aquele que nos fez viver sonhos lindos e por isso é que talvez se alimente até hoje.
Belíssimo!
Beijos :)