sexta-feira, 25 de outubro de 2013



Dançava faceira 
a bailarina
ao som de valsa
girava o mundo 
girava a saia 
num túnel de tempo
onde as coisas 
não paravam no lugar
era setembro
era outono 
cujas folhas caíam
sem que ela soubesse
era um mistério
vê-la dançar
só tinha um passo
talvez escasso
até que a caixa
se fechasse
e ela désse
seu último
suspiro.


- Carine Morais

2 comentários:

  1. As bailarinas têm uma arte que nos rouba os olhos. As poetizas, uma que nos rouba as imaginações. Bellissima. Beijosss

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  2. Este poema é lindo como o primeiro poema que li na vida, quando tinha 5 anos (A bailarina - Cecília Meireles) e a recordação é doce demais... Até já tentei uns passos de balé, mas, canso rápido e não sei fazer nada. rs

    Isso parece o balé da vida, onde nada está como estava há segundos atrás e que, numa hora ou outra, a vida nos encarrega de levar-nos ao passado, aquele que nos fez viver sonhos lindos e por isso é que talvez se alimente até hoje.
    Belíssimo!
    Beijos :)

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