Ela desenhava
flores
pétalas,
caules
e folhas
pintava botões
com aspirais,
inspirava as rosas,
criava margaridas
confundidas
com girassóis.
Talvez
ela apenas
fosse
a florzinha roxa
em sua última
página
da agenda
a espera
de um cravo
desatento,
que se apaixonasse
por uma violeta.
- Carine Morais
Ler teus poemas é imaginar-te numa hora do dia sentar-se e dizer às palavras que queres brincar de ciranda. Tu brincas com as palavras. Este poema é de uma beleza rara, de uma perfeição inquietante. Que mulher não se veria, nele, violetinha na última página da agenda? E que homem não se imaginaria um distraído cravo? Belo, muito belo, muito belo. Beijos
ResponderExcluirInquietante é sua forma sempre tão generosa de ler a vida, está em ti é raro e teu. Fico muito lisonjeada de suas visitas sempre tão cheias de beleza. Obrigada!!
ResponderExcluirBeijos meus