Tenho pensando tanto em você e tenho vivido sua presença como se estivesse chegando de mais uma de suas longuíssimas viagens, aquelas em que você partia e restava em mim uma falta humana de nós. A saudade que um dia foi fiel por te trazer de volta, hoje é desleal, porque com ela não existem acordos firmados, horas contadas no relógio da sala ou a certeza de que irá voltar, ao contrario de todas as ausências, a sua presença em memória tem me afastado do que um dia eu fui e diferente de todas as outras vezes em você viajava, me sinto em uma viagem sem rumo, seguindo sem destino, fora de mim. Não há espaço pra mais nada além das lembranças. Entre todas as faltas existentes num coração que espera, a maior delas é a que tenho sentido da vida que sutilmente deixei passar. Dois corpos não podem ocupar o mesmo espaço, então preciso que saia para que eu possa entrar.
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